Além das Obrigações Conjugais

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SEGUNDA PARTE DA HISTORIA

QUEM NAO LEU A PRIMEIRA PARTE ESTA AQUI

CAPÍTULO I
O PECADO QUE PERDURA
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Manuela era uma menina inocente cheias de sonhos…
Essa antiga Manuela havia morrido após diversas noites de tortura.
O sexo cruel submetido por um marido violento que sentia um prazer enorme ao vê-la sentir dor no leito conjugal foi o suficiente para transformá-la numa mulher má e rancorosa, ora, Fernão mais parecia um louco em cima daquela que padecia chorosamente, um choro ouvido pelas senzalas e ressentido pelos escravos.
Foram duas semanas sendo chamada de putinha, foram duas semanas com aquelas mãos ásperas pegando o seu peito esquerdo que não suportava mais a agressão e foram vários dias bebendo e levando na cara o abundante esperma de seu algoz, um marido que mais era um carrasco na cama, um carma difícil de esquecer.
Quem pensava que a moça ia deixar a felicidade de lado após tanto sofrimento estava muito enganado, porque uma vez, quando tinha ido a igreja confessar o ódio que sentia do marido, acabou conhecendo o padrezinho que havia sido tão delicado ao consolar o seu sofrimento. Após outra confissão, os dois acabaram em um inesquecível beijo, algo inédito para ambos que não imaginavam que aquilo era prazeroso.
Quando era fodida por Fernão, o marido, a jovem se recordava do beijo e assim o seu suplício se tornava mais leve, ora, até mesmo quando havia ficado menstruada e condenada pelo cônjuge, que queria um filho, a levar porra na cara enquanto durasse o sangramento, a única lembrança que aliviava o seu fardo era o beijo do padrezinho de cabelos cacheados e olhos azuis da cor do paraíso.
Finalmente, a menstruação havia lhe abandonado e a nova Manuela se dirigia a igreja com um olhar fatal, assim, destinada a encontrar o padre que ajudaria na sua vingança. O desejo de ver Fernão corno foi tanto que invadiu a casa do padrezinho e o flagrou numa dolorosa masturbação envolta de fantasias que se tornaram reais quando ela sussurrou:
– Já viu uma mulher nua, padre?
Manuela pulava naquele homenzinho inexperiente que de fato se tornava homem e ela se tornava uma mulher porque foi aquela a primeira vez que havia dado um gritinho de prazer, a primeira vez que havia sentido um orgasmo!
Após o coito, o padrezinho, o padre Coutinho, se ajoelhou e pediu perdão aos céus por aquele pecado abominável, mas Manuela ria, ria de forma fria, ria porque ia se vingar daquele marido que tanto a havia maltratado com aquela piroca que toda a noite a fazia chorar de mágoa e desespero.
Manuela havia voltado para a casa na carruagem guiada por um dos feitores da fazenda e sua escrava percebia que algo havia mudado com sua ama, porque no olhar dela havia um brilho de mulher fatal que antes não conhecia.
– Peça as escravas para preparar um banho para mim, Josefa.
Disse ela com um sorriso radiante enquanto se olhava no espelho da penteadeira, soltando os cabelos e colocando para o lado, mas a velha escrava a relembrou:
– A sinhá já havia se banhado antes de sair de casa.
Josefa sabia disso porque os escravos costumavam ter muito trabalho em buscar vários baldes d’água no poço do quintal. Manuela espantou os olhos, pois até ela havia se esquecido disso, portanto, deu uma desculpa esfarrapada:
– As minhas regras voltaram a descer um pouquinho, Josefa, mas foram embora de novo, por isso queria tomar banho, mas como sei que os escravos têm muito trabalho em buscar água, peço apenas dois baldes, está bem?
Josefa não se convenceu, pois a sinhá que conhecia não estaria feliz e radiante sabendo que a noite o sinhô Fernão iria chegar de pau duro pronto para machucar a sua bucetinha, mas a escrava não questionou porque sabia o seu lugar naquela casa.
Manuela lavou a vagina que ainda derramava o esperma do padre Coutinho e depois passou um paninho úmido por todo o corpo, pois muito havia suado. Depois colocou um vestido caseiro todo florido para esperar o marido, esperar porque queria olhar em seus olhos e recordar que ele era corno.
Fernão entrou naquela casa com a piroca dormente, pois ela mal cabia nas calças e o tesão dele era tanto que nem quis esperar pela ceia. O céu ainda nem estava escuro quando, já sabendo que Manuela não estava mais menstruada, procurou a esposinha para fazê-la subir ao quarto e ela com um sorriso debochado subiu com ele para a alcova que era testemunha o quanto aquela moça havia sofrido.
Manuela, muito fria, tirou o vestido ficando completamente nua e deitou na cama para abrir a perna com cara de tédio. Fernão mirou aquela cena desiludido porque não viu nenhum olhar de súplica e nenhuma expressão de medo, para aquele marido cruel, isso, era exatamente isso que fazia a esposinha mais excitante.
– Aprendeu não foi?
Disse ele acariciando a piroca dura por dentro da calça.
– Aprendeu após dias engolindo porra que não pode fugir de mim, mas se prepare que eu estou há dias sem esfolar essa bucetinha e hoje vai sair daqui sem conseguir andar, você vai gritar feito uma cabrita chorosa, ah, você vai chorar!
Manuela continuou deitada e com os olhos fechados, mas parecia um cadáver com as pernas abertas. Fernão não ia se sentir vencido tão cedo, queria por que queria ouvir seus gritos chorosos, queria que ela esticasse o tronco tentando evitar seu pênis, queria que ela o olhasse com um pedido de súplica e com esse intuito tirou a camisa, a calça, a ceroula e estimulou o pênis com as mãos para pular em cima da cama como um bicho, mirar o cacete no buraquinho e penetrar o mais forte que pudesse.
Com a piroca no útero da jovenzinha, o marido esperou alguma reação, mas ela não havia proferido nenhum gemidinho e sua face ainda era serena. Com raiva Fernão deu uma segunda estocada, mas forte que a primeira e nenhum chorinho era ouvido, até que a ira daquele homem foi tão grande que ele a fodeu por poucos minutos parecendo uma britadeira, mas a menina continuava com os olhos fechados, nem uma lágrima descia. O que havia acontecido?
Manuela havia descoberto que a vagina podia ficar úmida e que desse jeito o pênis podia entrar dentro dela sem esfolar. Não era difícil ficar molhada, bastava se recordar do padrezinho que o líquido descia por suas coxas. Fernão a penetrava como um louco, o pênis até causava certa dor, nela, mas nada que mudasse sua resolução em se vingar daquele sujeito cruel.
– Mas parece uma morta!
Gritou Fernão e a casa inteira ouviu. Aquele homem estava com o membro amolecido e a moral mais caída que sua piroca e a alegria de Manuela era imensurável ao deslumbrar aquele homem enorme e peludo que tanto se considerava macho perceber que não tinha macheza alguma, pois não era capaz de fazer sua mulher sentir absolutamente nada.
– Parece que eu já alarguei o que tinha que alargar aí, sua puta, você já está gasta, já está usada, já não presta pra ser minha mulher.
Derrotado, colocou uma roupa tentando disfarçar a humilhação e foi embora dizendo que procuraria uma mulher de verdade na cidade. Logo mais, Manuela colocava o vestido com o maior sorriso do mundo e Josefa, quando entrou com o costumeiro emplastro, um remédio para a xereca, estranhou que sua senhora ria.
– Sinhô Fernão não se deitou com a sinhá?
Com um sorriso debochado, a sinhá respondeu:
– Deitou, Josefa, deitou, mas eu mostrei pro monstro quem manda nessa cama.
A noite do dia seguinte se deu da mesma maneira, com Fernão em cima dela a fodendo para machucar, mas nenhum gemido era dado, muito pelo contrário, a moça havia bocejado parecendo ter sono. O sujeito barbado chegava a suar ficando cansado de tanto esforço e por isso parou de penetrá-la, porque Manuela havia vencido mais uma vez imóvel como um cadáver, sorrindo pelo fato do cônjuge estar deitado ao seu lado, mudo, humilhado com a situação.
Manuela se levantou da cama silenciosamente, pôs a camisola e saiu do quarto com a desculpa que ir trazer água, mas o que queria era ir até a cozinha dizer para a sua escrava favorita que o marido havia brochado, brochado como um maricas.
– Eu disse que minha vingança estava começando, não disse?
A escrava Josefa ria junto com a sua senhora sem imaginar o que tinha acontecido, mas a própria Manuela explicava o que tinha mudado em sua vida ao informar que as duas iriam para a igreja rezar pelos seus pecados e o sol já estava alto quando Manuela entrou com sua escrava na fila da confissão para, enfim, se ajoelhar no confessionário e dizer de forma saliente:
– Eu pequei, padre…
Coutinho tremeu ao ouvir a voz daquela mulher:
-… Há um líquido descendo as minhas coxas dias seguidos e eu sei que, como mulher, estou condenada a não sentir prazer, mas o prazer me acompanha quando eu aliso os meus seios, padre, e assim me sinto mais úmida. O senhor acha que eu sou uma pecadora, padre?
O padrezinho quase chorava porque o pênis havia se enrijecido e ele chorava porque tinha jurado a si mesmo que não cairia no pecado da luxúria, inclusive havia pego o chicote e açoitado as suas costas para compensar tanto sexo e masturbação, mas só de ouvir as putarias de Manuela se lembrou de como havia sido bom senti-la pulando em cima dele com aqueles cabelos acariciando o pescoço.
– O que você quer?
Perguntou o padre quase chorando com os ovos doendo por tamanha luxúria! Será que aquela moça não poderia deixá-lo em paz? Já não tinham cometido pecados o suficiente? A resposta de Manuela demonstrava não estar preocupada com essas questões religiosas, muito pelo contrário, estava preocupada com ela mesma.
– Eu quero o senhor dentro de mim, padre!
Coutinho estava disposto a não cair em tentação novamente, por isso reagiu enquanto pôde dizendo que o passado nunca iria se repetir e que ela estava se condenando com essas atitudes, mas Manuela sorria porque aquele homenzinho estava apenas negando o inevitável.
Com ar sedutor, a mocinha disse:
– Ainda não entendeu? É uma ordem, eu vou tê-lo dentro de mim, hoje!
– Está louca! Quer nos levar ao inferno?
Com uma risadinha, ela respondeu friamente:
– Eu vou até a sua cama agora e tirar toda a minha roupa, ficando completamente nua, e se o senhor não for até lá cumprir com suas obrigações eu vou sair nua por essa igreja para contar a todos o que aconteceu, está entendido?
O inexperiente padrezinho tremeu com suas palavras, ora, seria difícil negar a hipotética acusação de Manuela porque seu cacete estava erguido e nada poderia abaixar o mastro novamente. Inutilmente tentou argumentar:
– Não teria essa coragem! Seu marido te mataria ou te trancaria num convento para toda a vida! O pároco pode entrar em casa!
Manuela sorria com o desespero daquele homem, o desespero do homem que negava o chamado da natureza, o homem que tentava a todo o custo não ser homem. Como ela se excitava com os tormentos do coitado, como ela gostava de senti-lo em suas mãos, como ela se sentia deliciosamente sádica dando ordens no rapaz.
– O velho do pároco foi à corte, meu querido, pedi a minha escrava para perguntar o paradeiro dele às senhoras que limpam a igreja. Não sabe que ele quer se exilar num convento e tratar de suas doenças em paz? Considerei ótima ideia, pois assim a casa estará vazia só para nós, não é mesmo?
O pênis do padre Coutinho parecia que ia explodir, chegava a babar contra a vontade de seu dono que não conseguia deixá-lo caído por nada nesse mundo, pois o feitiço de Manuela era muito poderoso em afetar a sua virilidade que só fazia crescer com suas palavras sedutoras e ao mesmo tempo cruéis.
– Ainda assim seu marido te mataria!
Tentou argumentar o coitado, mas a resposta havia sido incisiva:
– Ah, mas também te mataria com toda a certeza, meu querido, se quer evitar um pecado, evite o suicídio! Já dei uma ordem! Estou te aguardando no seu quartinho e espero que você cumpra com a sua obrigação que é me fazer mulher!
De súbito, Manuela se ergueu do confessionário para cumprir o prometido pedindo a Josefa espionar se havia alguém nos fundos da igreja. Passagem liberada, a senhora Fernão se dirigiu a casa que tanto havia lhe dado prazer sabendo que a porta sempre estaria aberta porque esse era o costume naquela igreja.
Coutinho estava com o pênis duro como uma rocha e não poderia ouvir mais nenhuma confissão. Saiu daquele cubículo tentando tapar a ereção fingindo um mal estar, assim, cancelou as confissões de todos. O padrezinho andava pela igreja com dificuldade tamanha era a dor em seus testículos e a escrava Josefa sorria percebendo que ele se dirigia aos fundos da igreja, onde estava sua ama.
O padre estava disposto a terminar com aquela situação naquele momento, pois o cilício amarrado em sua coxa fazia relembrá-lo que ainda era um sacerdote, mas ao entrar no seu quartinho viu Manuela completamente nua e deitada em sua caminha de gente pobre que não pode ostentar, sorrindo, sorrindo porque ele não podia esconder o volume em suas pernas, o volume de alguém que precisava aliviar a luxúria.
– Vá embora!
Disse o padre sem convicção e Manuela sorria para a expressão inocente daquele jovenzinho lourinho que mais parecia um anjo, um anjo de olhos assustados e cacete erguido… Lentamente, Manuela se ergueu da cama e foi em sua direção com um olhar fatal para lhe dar um beijo, um beijo que tocou os lábios do menino medroso para que língua com língua se juntassem no doce sabor do amor e os beijos de Manuela se estenderam até o pescoço do coitado que ficava arrepiado com sua dedicação.
– Quer mesmo que eu vá embora?
Sussurrou a sádica no ouvido do padre, sádica porque queria ver um homem sofrer, ora, quantas noites ele não chorava diante do altar para se culpar por uma punheta, quantas vezes ele não se culpava a cada jato de porra que saia de forma feroz dentro dele, quantas vezes não havia usado o silício ferindo a coxa esquerda como nunca para, assim, evitar o inevitável… Manuela não se importava, até gostava daquela perna machucada, por isso continuou com os beijos, até que delicadamente se afastou para mirá-lo com a piroca mais rija o possível e a face vermelha de excitação.
– Tira a roupa!
Ela ordenou de forma petulante, mas o padrezinho não reagiu, assim, obrigando que ela gritasse como uma louca:
– Tira a roupa, agora!
O padre teve medo que alguém ouvisse, mas foi a dominação de Manuela que o motivou a tirar a túnica mostrando a ceroula quase rasgando por causa do pau que queria escapulir. Manuela adorou aquela visão como uma pintura, a visão daquele homem excitado por causa dela era uma dádiva, a visão de seu corpo branco quase que absolutamente pelado era a visão dos deuses pagãos, ainda mais por causa do cilício amarrado em sua coxa e sem se controlar, ela, de súbito se ajoelhou para desabotoar aquela ceroula, arrancar aquele instrumento de tortura e pôr o pênis em sua boca.
Fernão bem havia ensinado a sua esposinha a fazer um ótimo sexo oral porque ele a obrigava a fazer tudo o que um homem gosta e exatamente por isso que ela forçava o pênis de Coutinho em sua garganta, forçava até não poder mais e depois a soltava para tomar ar, até que forçava novamente sem ter mais fôlego… O padrezinho queria estar sério, queria estar com o rosto sereno, impassível, assim, não demonstraria prazer, pois queria mostrar aquela mulher que ele não queria os seus afagos, mas nada disso deu certo, pois ele gemia sentindo a linguinha daquela mulherzinha em baixo de sua glande.
Manuela teve uma ideia súbita, se levantou e deu uma ordem:
– Senta naquela cama!
O padrezinho, derrotado, sentou na cama de pernas abertas e o cacete erguido para que Manuela voltasse a se ajoelhar diante de sua pica e botasse na boca, chupando com toda a pressão, chupando para fazê-lo gemer com voz de homem não aguentando tanto prazer e luxúria. Logo mais, a jovem pegou o pau de Coutinho e o colocou no meio de seus seios fartos estimulando que o membro sentisse aquelas duas jóias subindo e descendo, subindo e descendo, subindo e descendo, pelos seu pênis rijo que quase explodia por tanto prazer, tanto prazer que ele disse num gemido:
– Continua, ah, continua…
Manuela não continuou, não estava disposta a obedecer ordens e nem qualquer pedido, era ela que queria coordenar como se dariam as coisas e tendo o padrezinho sentado naquela cama, não pensou duas vezes em sentar no seu colo para encaixar o membro em sua buceta encharcada e só na primeira estocada o padrezinho quase gozou porque sentir a vagina apertada deslizando por seu pau era um presente, uma dádiva!
– Quer que eu vá embora?
Sádica ela perguntou com um sorriso sacana, isso enquanto estava com os peitos quase na cara daquele homem que estava no ponto alto da excitação, a poucos passos da erupção total de seu prazer. Silenciosamente, o padrezinho disse não com a cabeça, mas Manuela não estava satisfeita com isso, logo, ordenou:
– Então diga em alto e bom tom que quer que eu continue!
O tom de Manuela era dominador e humilhava o padrezinho ofegante que se sentia constrangido com aquela situação, ora, como poderia ter uma mulher mandando nele daquele jeito? Mas precisava ejacular, ah, como precisava!
Envergonhado, o padrezinho proferiu um “continua”, mas Manuela queria muito mais, muito mais ao ordenar de forma pausada e agressiva:
– Diga alto! Diga em alto e bom tom que quer que eu continue aqui, com você, diga em alta voz porque senão eu vou te abandonar. Te largo aqui agora só tendo se aliviado na metade, diga em alto e bom som que me quer, agora!
O padre cada vez mais humilhado e com o pênis mais duro e rijo do mundo proferiu em palavras tremidas, mas em alta voz:
– Eu te quero! Eu te quero e quero que fique! Eu te quero! Eu te quero!
Manuela retribuiu com uma quicada, depois outra quicada, depois outra quicada, até que o padre sentiu o gozo aflorar e o gozo veio como uma erupção e ele gritou como o homem que era, gemendo a sua ejaculação dentro daquela bucetinha que se contraia porque o orgasmo do padre foi tão forte que havia atingido a moça que gritava naquela pica, um orgasmo que perdurava enquanto ela quicava, um orgasmo que obrigou o padre a tampar a boca dela para a igreja inteira não ouvir o que acontecia.
O mais surpreendente foi que Coutinho havia deixado a porta entreaberta e o velho pároco, que tinha voltado de viagem, estava espiando todo o tempo o que acontecia, até que abriu a porta com a face vermelha com uma mão no peito e outra no saco, tão vermelho que o velho caiu no chão assustando o casal que contemplava um idoso morto em sua frente, um idoso que era uma vítima de seus pecados.
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CAPÍTULO DOIS
ABANDONADA, AINDA ASSIM, ALTRUÍSTA!
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No dia seguinte, padre Coutinho havia ido embora porque a culpa que sentia o atormentava, ora, havia visto um homem morrer logo após a ejaculação, era um sinal! Por causa disso, estava disposto a nunca mais ver Manuela em sua frente, ele queria ir embora para nunca mais voltar e quando a moça soube da notícia chorou de raiva para Josefa que via sua ama raivosa, raivosa ao ponto de jogar os objetos pela casa.
– Covarde! Maricas!
Ela gritava com os cabelos desgrenhados e Josefa tentava acalmá-la, pois se alguém ouvisse esse rompante, poderia acabar deduzindo as coisas, entretanto, as preocupações das duas haviam mudado porque as chibatas e os gritos de um escravo sendo castigado haviam sido ouvidos na casa grande.
Manuela e Josefa foram perguntar a um dos capatazes, que almoçava na cozinha, o que ocorria e ele respondeu que mais um feitor havia sido assassinado tendo o corpo nu, sem os testículos e com um pedaço de pau no ânus.
– Esses escravos acham que são gente, esquecem que o sinhô Fernão paga parte do nosso salário com as escravinhas, mas eles vão ter o que merece!
Disse o sujo capataz que enojava Manuela, ora, ela não sabia desse acordo, mas Fernão era tão sovina que prometia o salário dos poucos homens livres da fazenda com favores sexuais que as pobres escravinhas deveriam cumprir. Era um absurdo! Por isso que a cada dia um feitor morria, pois essa era a lei dos escravos e da justiça!
Manuela havia se tornado feroz contra qualquer forma de estupro porque muito havia sido submetida a ele, por isso, para se vingar daquele marido cruel que fazia ela e várias outras daquelas mulheres chorarem, ela perguntou ao capataz:
– Quantas chibatadas o suspeito foi condenado?
Sem entender o questionamento, o nojento capataz respondeu:
– Vinte e cinco chibatadas, sinhá, mas sinhô Fernão ordenou que todo dia um escravo diferente seria castigado com vinte e cinco chibatadas, então, talvez, assim esses animais aprendam que negro nunca será branco!
Manuela sorriu de forma fria e arrogante, tão arrogante que saiu daquela cozinha com ar de desdém ao capataz que se sentiu humilhado com essa atitude. A senhora da casa foi para o quarto, ofegante, com a mão no peito, para andar de um lado para o outro, tentando concentrar os pensamentos.
Josefa percebia que sua ama estava diferente e perguntou:
– Aconteceu alguma coisa, sinhá?
– Aconteceu! Aconteceu uma oportunidade para me vingar, Josefa!
A escrava não entendia, aliás, a cada dia que passava Manuela mudava e deixava a inocência de outrora para trás, pois ali estava apenas uma mulher capaz de tudo para fazer o que tinha vontade, não importava o que se arriscava.
Manuela perguntou a velha escrava:
– O que acontece com o pobre coitado após o castigo?
– Tem dia que os escravo fica dia e noite no tronco, mas ouvi falar que o sinhô Fernão mandou levar esse escravo para o quarto de castigo para ficar a ferros e sem comida alguma, coitado, a gente nem podemos curar as costa dele.
Manuela riu, riu de forma fria e cruel porque havia sido abandonada pelo amor de sua vida, mas ainda tinha forças para ser altruísta com os escravos que padeciam nas mãos do senhor Fernão, padeciam tanto quanto ela que havia se casado com um monstro que não se importava com seus gritos chorosos na noite de núpcias, ah, mas esses tempos haviam ido embora e nunca mais retornariam!
Manuela ordenou que Josefa preparasse o emplastro mais milagroso que tivesse, além disso, orientou-a a preparar uma cesta com pão e água para o homem que descobriu que se chamava André, assim, após a tortura do pobre, a senhora da casa se dirigiu com sua escrava favorita a um quartinho protegido por um capataz que quando a viu se aproximando com mantimentos, alertou:
– Senhor Fernão deu ordens para que ninguém ajudasse o escravo.
O capataz era outro sujo que aceitava o pagamento do senhor daquela fazenda com estupro e com raiva por essa informação, Manuela, disse em alto e bom som, o som da arrogância, o som da crueldade de quem tem poder:
– Há um ser humano dentro desse quartinho com as costas em carne viva e eu vou ajudar esse pobre coitado, meu caro, e se você quiser vá falar com o meu marido, fale o que achar de bom tom, mas garanto que acabo com sua vida, pois vou dizer a ele que tentou me agarrar, a me violentar, vou dizer que se aproveitou de quando eu passeava pelo campo para satisfazer a sua lascívia imunda!
O capataz estava assustado com o tom e a severidade de Manuela que mostrava que não estava mentindo, muito pelo contrário, essa nova Manuela era capaz de tudo para ter o que queria e ai de quem diga o contrário.
– Entendeu meu caro, pode dizer o que quiser a ele, mas se disser eu saio por essa fazenda descabelada, rasgada, e digo que me violentou com agressividade. Em quem você acha que meu marido vai acreditar? Em você?
Rindo por causa da expressão de medo do capataz, Manuela entrou naquele quartinho imundo e com vários instrumentos de tortura, inclusive o terrível pelourinho, mas o escravo que ela queria encontrar estava a ferros na ante-sala dos fundos, sem porta, visível para as duas mulheres o quanto era homem grande e forte.
Manuela ordenou para que Josefa ficasse na primeira ante-sala, assim, logo entrou pela passagem sem porta para ficar diante do escravo André que estava a ferros deitado no chão com as costas imundas de sangue e olhar faminto, mas logo foi alimentado por ela que colocava em sua boca o pão e também água, assim, com dó ela dizia para o coitado do homem torturado:
– Se eu pudesse, eu te tirava daqui, querido, mas não tenho esse poder…
O escravo Andre via aquela mocinha como um anjo, pois nunca uma branquinha havia tocado o seu rosto com tamanha delicadeza, mas Manuela não era um anjo, ora, até tinha gostado de ter em suas mãos um homem amarrado e torturado, a quem pudesse fazer o que quisesse… Quando ela passava o emplastro em suas costas machucadas, Manuela, maliciosamente se aproveitava para chegar ao ouvido do homem, por trás, e dar várias mordidinhas carinhosas chegando até mesmo a dar um beijo no pescoço.
– Nós temos algo em comum, André, muito em comum, pois nós odiamos a mesma pessoa e nós dois queremos ver ele morto, não é mesmo?
As costas do escravo ardiam, mas até estava acostumado porque as chibatadas eram um costume naquela fazenda de horrores. O fato era que ter uma branquinha como Manuela tocando o seu corpo de forma delicada, tendo uma branca querendo satisfazê-lo foi o suficiente para o membro subir e enrijecer como um mastro.
Manuela continuava a beijar o pescoço do escravo e a deixá-lo louco com mordidinhas na orelha, mas o melhor foi quando ela mudou de posição ficando diante dele para pegar aquela coisa monstruosa que crescia ao ponto de assustar nossa heroína que sentia por cima da calça surrada do escravo um tamanho descomunal que nunca havia sentido antes, até que curiosa, arriou a traje do escravo e ficou amedrontada, no melhor sentido que essa palavra pudesse ter.
Aquele mastro não poderia ser humano! Era muito grande e grosso, ao ponto de Manuela colocar o cotovelo ao lado e perceber que o caralhão era ainda maior! Será realmente que essa mulher queria aquilo dentro dela? O líquido escorrendo por suas coxas dizia que sim, aliás, nunca havia ficado tão úmida em toda a vida.
Quase gaguejando de medo e excitação, a senhorinha disse, convictamente:
– Você levou vinte e cinco chibatadas, escravo André, vinte e cinco chibatadas que não merecia, portanto, vou recompensá-lo com vinte e cinco quicadas, está bem?
Apesar do tamanho descomunal daquele caralho que poderia assustá-la, a visão de um homem negro, suado, machucado, enorme, forte e másculo em suas mãos, era motivo suficiente para tirar as calçolas por baixo do vestido, subir em cima do escravo, mirar o mastro em sua bucetinha e empurrar, empurrar, empurrar… Manuela, trêmula, tentava forçar a sua passagem, mas, talvez, o medo não permitisse que ela tomasse a coragem da devassidão final, até que a tesão do escravo, vendo aquela mocinha tentando lhe dar prazer, foi o estopim para que ele subisse os quadris levantando o pauzão que atravessou a grutinha da mocinha que teve que controlar o grito.
Silenciosamente chorava em cima do homem, chorava porque nem metade da piroca estava dentro e já se sentia esfolada, chorava porque sentia uma dor descomunal, mas principalmente chorava de prazer. O escravo André percebendo que ela chorava em seu pescoço sentiu culpa, ora, nunca foi sua intenção machucá-la.
– Desculpe!
Balbuciou o escravo temendo que ela o abandonasse, ele sussurrou ficando com a piroca ainda mais grossa e Manuela devolveu um beijo naqueles lábios carnudos de homem negro, um beijo com língua e devassidão porque naquele momento ela estava destinada a dar a segunda estocada e com dificuldade subiu o tronco e desceu, subiu o tronco e desceu, subiu o tronco e desceu enquanto o escravo de olhos vidrados sentia a buceta mais apertada de sua vida.
Manuela estava obstinada que a quinta estocada chegasse a metade do membro, pois se a anatomia não permitia todo o caralho entrasse dentro dela, ao menos metade da piroca iria entrar, ah, entraria, doesse a quem tivesse o que doer. Com coragem, a senhorinha subiu o tronco sentido o caralhão deslizar pelas paredes vaginais e num suspiro de coragem e determinação, abaixou com toda a força que tinha, assim, sentiu a glande de seu algoz no útero e com muita dor conseguiu o seu feito, sem não antes ouvir um gemido baixinho do escravo que disse com olhos revirados:
– Puta que o pariu!
Nunca uma xerequinha tão apertadinha tinha sido esfolada pela sua piroca de negro reprodutor, mas lá estava ela chorosa, em cima dele, suada, ofegante, dolorida e sentindo um prazer e orgulho descomunal, tanto orgulho que deu outra estocada, outra estocada, outra estocada, outra estocada… Ela quicava gemendo chorosamente da forma mais baixa que podia… Outra estocada, outra estocada, outra estocada violenta… O escravo mordia os lábios, o gozo ia aflorar a cada momento… Outra estocada, outra estocada, outra estocada… O líquido percorria o caminho de seus testículos e iria emergir sem que pudesse controlar um baixo grunhido de prazer enquanto sentia já na vigésima primeira metida, incontáveis jatos de esperma branco e grosso percorrendo todo o seu corpo, um jato, dois jatos, três jatos… Nove jatos de porra abundante e viscosa que transbordava pela bucetinha esfolada de Manuela que nunca havia sentido a pressão dessa erupção de ébano, tanto que quando se levantou, sentiu porra escorrendo pelas pernas.
Completamente esfolada, mas satisfeita, Manuela ajeitou as calças do sofrido escravo, colocou as calçolas, ajeitou os cabelos e pediu que Josefa avaliasse se estava apropriada para sair do quartinho e Josefa disse que sim com um sorriso nos lábios, um sorriso que mostrava sua aprovação no comportamento de sua ama, afinal, o dono daquela fazenda que havia vendido o seu bebê, estava sendo um corno da pior espécie, um corno a quem não se deve respeitar.
Quando saiu do quartinho, Manuela de cabeça erguida e ar arrogante, acabou dando uma moeda ao capataz, mas não sem antes dar um olhar de desdém. Caminhar de volta para casa foi uma dificuldade, pois a buceta ardia, ardia tanto que Manuela era amparada por Josefa que já sabia que deveria preparar o emplastro.
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CAPÍTULO III
O ANJO DOS ESCRAVOS
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Os dias continuaram daquela forma, com Manuela indo visitar os negros torturados e os fazendo gozar dentro de sua vagina, ora, como aquela mulher gostava de ver aqueles homens a ferros, como se excitava com suas costas esfoladas e como adorava o pau muito mais duro e grosso que poderia aguentar, ao ponto de se sentir esfolada após o coito e necessitar do amparo de Josefa que tinha ouvido os seus gemidos de prazer enquanto quicava nas pirocas de escravos.
Nesse tempo, Fernão continuou querendo satisfazer a sua lascívia com a esposinha, mas não conseguia. Numa noite de lua cheia, ordenou:
– Ajoelha!
A esposinha resignada ajoelhou e abriu a boca como se fosse uma boneca de cera, sem nenhuma reação e Fernão se aproveitou para enfiar o caralho até onde podia, mas Manuela já estava tão acostumada que só deu uma tossezinha de nada e voltou a abrir a boca como um cadáver de boca aberta.
Fernão já estava desesperado, ora, onde estava àquela mocinha que chorava ao ver sua piroca? Onde estava aquela moça de olhos lacrimejantes que odiava o seu sexo? Com raiva, pegou a cabeça da esposinha e pressionou o cacete contra a garganta, dessa vez, não ia soltar e assim ficou por um bom tempo, mas Manuela foi valente, tão valente que quando foi libertada, não pensou duas vezes em usar os dentes para fazê-lo gritar, de dor!
– Sua puta!
Gritou o sujeito barbado logo após lhe proferir uma tapa que fez a mocinha cair com a cara no chão, mas só ver o pau do marido amolecido já valia a pena, já era a maior vingança que poderia realizar naquele momento, todavia, no dia seguinte Manuela teve uma ideia ainda mais cruel ao ver um negrinho entregando leite a Josefa, como fazia todas as manhãs.
A ideia era tão maravilhosamente cruel que Manuela ordenou que o escravinho a acompanhasse até o quarto do casal, aproveitando-se que o marido não estava. Entrando na alcova, o machinho inocente não sabia o que dizer, pois estava com os olhos arregalados diante daquela mulher que soltava os cabelos.
– Já deitou com uma mulher, menino?
O menino assustado fez não com a cabeça e o seu coração bateu forte quando viu aquela jovem mulher tirando o vestido, ficando completamente nua para o negrinho que parecia que via um anjo de candura. Manuela se aproximou do jovenzinho, lhe deu um beijinho nos lábios e pegou o cacete dele por cima da calça surrada.
– Quer me dar leite, menino?
Com ar provocador, pegou as mãos do rapazinho e as guiou até seus seios grandes e branquinhos, tão maravilhosos que o menino chegava a tremer, ainda mais quando ela o guiou para a cama para que ela pudesse sentar enquanto abaixava a sua calça para ver um caralho preto, pronto para ser chupado.
Manuela chupou o menino. Ele estava em pé, vidrado, pois a moça chupou bem, fazendo pressão, arranhando quando necessário, lambendo a glande com uma linguinha que só sabia dar prazer aos machos que passavam por sua boca, tanto prazer que ele anunciou o gozo com os seus gemidos de homenzinho que só fazia aumentar.
Manuela parou de chupá-lo, pegou o travesseiro, pôs em cima dos peitos e ordenou da forma mais safada que podia para o moleque:
– Me dê leite, vem, me dê leite!
O negrinho se masturbou com olhos vidrados e esporrou diversos jatos de porra branca e viscosa no travesseiro de Fernão. Quando o moleque saiu, satisfeito, Manuela colocou o travesseiro no mesmo lugar para ter uma satisfação inenarrável ao ver o marido deitar a cabeça onde um homenzinho havia esporrado, em abundância!
Fernão já não sabia mais o que fazer, se considerava doente, ora, as prostitutas que visitavam já eram gastas, em nada se comparava a antiga Manuela que a cada estocada parecia que ia morrer de medo e desespero, como sentia falta, com sua cabeça doentia, de ouvir um chorinho toda a vez que a glande tocava o colo do útero.
Manuela gostava de ver como seu marido doente estava necessitado de uma mulher sofrida, que ela não era mais, ao ponto de no fim da semana ainda continuar satisfazendo os escravos açoitados.
O escravo daquele dia era mais velho e maduro e quando viu a senhorinha da casa já sabia o que ia ocorrer, pois a história e espalhava na senzala de boca e boca e exatamente por isso, ela foi conhecida como o anjo dos escravos.
O escravo do dia se chamava Robério e tinha liderança entre os negros da fazenda de Araruna, ele era o principal suspeito de matar os feitores estrupadores.
Manuela percebeu que esse escravo já estava com o caralho erguido e se sentiu orgulhosa por provocar essa expressão nos homens, ora, logo ela que quando viu a pica de Fernão pela primeira vez, tremeu de medo e horror, logo ela que só de imaginar aliviando o marido chorava de desespero… Essa nova mulher não temia o sexo, o adorava como uma necessidade para a alma.
Como no ritual, a moça dava comida e água e depois passava o milagroso emplastro nas suas costas, mas dessa vez, quando passava o remédio, ficou surpresa com o comentário do escravo Robério que num sussurro, disse:
– Nós ouvia os choros da sinhá e como ele xingava a sinhá na cama. Todos os escravo sentia pena da sinhá e sofria junto com o choro.
Manuela não soube o que dizer, abandonou o emplastro em suas costas, pois só sabia que toda a raiva que sentia do marido havia retornado como um vulcão de ódio e rancor. Por fim, respondeu de forma fria e magoada:
– Toda a fazenda ouvia, meu caro, mas o meu marido não se importava e gostava de me ver sofrer e eu sofri, ah, como sofri durante dias seguidos, mas esse tempo passou, pois hoje eu o faço sofrer, como estou fazendo agora!
O escravo deu um sorriso de escárnio, ora, mesmo amarrado e espancado ainda tinha forças para vislumbrar a realidade.
– Só quem sofre com traição, sinhá, são gente que ama, mas sinhô Fernão é mau, ele não ama a sinhá, por isso se um dia souber da traição não vai se incomodá, vai mata a sinhá e nós sem pensa duas vezes.
Manuela ficou de frente ao escravo, agachada a sua altura e percebeu que ele dizia a verdade, ora, a traição só atinge aquele que ama e se ele soubesse a mataria e seria aplaudido pela sociedade que entendia que o problema não era o marido ser corno, sim ser um corno que não mata a esposa.
A senhorinha da casa percebeu naquele momento que a humilhação de ser um homem traído não era o suficiente para fazê-lo sentir os horrores que ela sentiu na cama e por isso, a raiva cresceu e seu desejo de vingança aumentou como nunca, ao ponto de pegar a piroca do preto e enfiar na xereca sem o menor cuidado e quicar, quicar, quicar, para fazê-lo gozar, pois ao menos o seu gozo seria uma recompensa.
O escravo Robério sentia a bucetinha apertada de sua sinhá e gemia baixinho para o feitor não ouvir, mas outras coisas passavam em sua mente, pois Manuela, a cada quicada, demonstrava ódio, a cada quitada demonstrava desejo de vingança, a cada quicada demonstrava que queria ver o marido morto… O escravo ejaculou como um cavalo na xerequinha daquela mocinha que tinha idade para ser sua filha e sorriu ao perceber que suas faces estavam vermelhas e que ela mal conseguia andar, inclusive, colocava a calçola com dificuldade.
Quando Manuela já se preparava para ir embora, ouviu do escravo:
– A sinhá só vai virar livre, quando os escravos for livre.
Manuela, suada e dolorida, olhou para o homem que tinha acabado de satisfazer e percebeu que em sua face tinha algo além que não conseguia compreender. Curiosa, acabou perguntando o que ele queria dizer e a resposta de Robério foi muito simples:
– Se a sinhá ajudar nós a fugir a gente matamos o sinhô Fernão.
Manuela ficou assustada com essa proposta e foi embora sem nem pensar duas vezes porque ela até poderia querer se vingar, mas não seria a causadora de um assassinato, esse pecado não cometeria, entretanto, queria cometer, ah, como queria matar o homem que a estuprou na noite de núpcias!
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CAPÍTULO IV
CASTIGO E SENTENÇA
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Manuela voltou para casa, ainda com a buceta dormente e encontrou Fernão com expressão de ódio ao perceber que ela havia desobedecido a sua ordem. Só ao entrar na sala, o marido a havia recebido com uma tapa na cara que a fez cair no chão, sangrando pela boca tamanha havia sido a violência.
– Acha que vai me desrespeitar, sua puta!
Gritou aquele sujeito terrível que não sentia a menor dó da moça caída no chão. O olhar de ira e vingança de Manuela não chegou a ser um desafio, muito pelo contrário, o excitou de tal forma que a piroca crescia.
– Foi dar comida para os escravos e me desobedeceu!
O homem cruel puxou os seus cabelos e a ergueu para pegá-la pelo pescoço e fazê-la mirar Josefa que chorava ao ver sua ama apanhar. Fernão gritava como um louco para as duas, ao ponto de ser ouvido por toda a casa. Imediatamente chamou o feitor que estava na cozinha e ordenou que Josefa fosse enviada ao tronco para levar cinquenta chibatadas, mas o pior estava destinado a sua esposinha que foi levada escada acima pelos cabelos, como se fosse uma égua.
Ao entrarem no quarto, outra tapa no rosto da mocinha que não iria chorar, estava predestinada a não dar esse gosto ao marido. Por isso, valente, a moça o desafiou com um olhar de ódio e palavras de rancor:
– Eu te odeio!
Disse Manuela, descabelada, marcada por seus tapas, mas Fernão não estava satisfeito, pois queria vê-la humilhada e implorando o seu perdão e ele sabia exatamente do que ela mais detestava que apanhar e o senhor daquela casa tinha muita porra dentro do saco que precisava ser esvaziada a qualquer custo.
– Tira o vestido!
Os olhos por trás daquela barba pontiaguda eram amedrontadores para Manuela que chegava a tremer temendo o ódio do marido, mas, corajosa, não iria ceder, estava obstinada a mostrar para Fernão quem mandava naquela casa, obstinada a ser respeitada como nunca havia sido pelo marido e com esses pensamentos, gritou como uma louca:
– Quero que você morra!
Fernão pegou a piroca por cima da calça, os ovos chegavam a doer ao ver o olhar vermelho de raiva que a esposinha lhe proferia, assim, com esse impulso, imediatamente, tirou a camisa mostrando o peito peludo de homem macho que era e arrancou as calças ficando só a ceroula que quase rasgava com o volume.
Manuela o fitou com ódio, um ódio mortal que nunca havia sentido na vida e nem o medo que sentia poderia mudar a sua resolução ao proferir:
– Estou avisando, Fernão, se o senhor me obrigar a fazer aquelas coisas abomináveis, eu vou te matar, se me obrigar a me deitar com o senhor, eu vou te matar, eu vou te matar, eu vou te matar!
A piroca de Fernão cresceu ainda mais enquanto o monstro proferia um sorrido de descaso para a jovenzinha que temia o pior. Manuela raivosa fosse ainda mais excitante que a Manuela inocente e amedrontada. Com o súbito da luxúria, o marido pulou em cima da jovenzinha e rasgou o seu vestido com violência quase o arrancando, Manuela até tentou reagir, mas ele era infinitamente mais forte que ela e quando menos pôde esperar já estava nua diante de seu algoz que tirou a ceroula mostrando um cacete erguido, o cacete que estava disposto a fazê-la sofrer como nunca.
– Agora você vai saber o que é macho, puta!
Fernão a virou de bruços como um saco de batatas, cuspiu no caralho que latejava, cuspiu no cuzinho virgem da esposinha inocente, mirou e a penetrou como um animal, num rasgar de carnes que a fez gritar tão longe que Josefa ouviu enquanto era açoitada diante dos escravos que choravam ao ver a velha mais respeitável da fazenda sendo tratada como um animal.
Manuela estava empalada, deitada de bruços e chorando, de raiva, tanta raiva que gritou como uma louca:
– EU VOU TE MATAR!
A piroca de Fernão engrossou ainda mais, ora, como gostava de submeter aquela putinha ao seu prazer, como gostava de tratá-la como um animal, como gostava de sentir o seu pênis naquela grutinha intocada, tão apertado que achou difícil dar a segunda penetrada, mas estava tão obstinado que não pensou duas vezes, tirou um pouco de caralho e enfiou de novo com toda a força que tinha.
– Pode matar, sua puta, mas agora vai ser fodida pelo cu até aprender a me respeitar!
Manuela pensou que seu corpo iria ser partido ao meio, mas o pior era saber que o sofrimento só iria piorar porque ele deu outra metida, outra metida, outra metida, outra metida… Os seus gritos de raiva e desespero eram ouvidos longe enquanto Fernão a fodia como um animal no cio sem se importar com o seu sofrimento, aliás, até gostava:
– Toma, toma, toma, sua puta, vou enfiar sua merda de volta pro estômago, toma, toma, toma, que cu apertado!
Fernão gritava enquanto movia os quadris forçando aquele cuzinho que não suportava a violência e Manuela chorava gritando a raiva que crescia, gritando a vingança que surgiria, pois o seu marido estava disposto a não terminar com aquilo tão cedo, haja vista que foi fodida até a lua surgir no céu, quando o monstro gritou:
– Vou gozar, vou gozar, vou gozar, ah, ah, estou gozando no seu cuzinho, sua puta, ah, ah…
Incontáveis jatos de esperma invadiram o reto da maça satisfazendo Fernão, que virou para o lado com um sorriso de homem canalha. Seu pênis estava sujo de bosta e sangue, mas isso só trazia mais orgulho a ele que havia conseguido fazer sua esposa sofrer na sua piroca e isso era uma vitória. Imediatamente, levantou, pegou o penico, mijou, balançou a pica diante da moça com o cu esfolado e disse:
– Agora você aprendeu a me respeitar.
Fernão lavou a pica com um jarro d’água que tinha no quarto, colocou uma roupa e foi embora. Manuela sabia que ele ia para a cidade beber e se vangloriar de seu feito como já tinha o costume de fazer e isso só aumentou a sua ira. A moça, dolorida, suja, raivosa, se levantou lentamente, colocou uma camisola branca e se mirou no espelho vendo diante de si a imagem da vingança, estava obstinada a tudo!
Um mês sendo a senhora da casa, foi o suficiente que Manuela soubesse onde ficava as chaves da senzala, por isso andou até o escritório do marido, no térreo, mal conseguindo andar para abrir uma gaveta e não encontrar somente as chaves, mas uma arma municiada.
Manuela sorriu da forma mais sádica que uma moça como ela poderia sorrir.
– Agora você vai saber quem manda, Fernão!
Manuela guardou as armas nas vestes e saiu pela fazenda como um fantasma, uma mulher de branco abaixo da lua de cristal pronta para se dirigir aos escravos que a salvariam, porém, a senzala estava protegida por dois feitores armados que não permitiriam que ninguém fugisse, até que a senhora da casa, escondida na escuridão, mirou como uma psicopata e atingiu um feitor na cabeça e o outro no coração.
Quando passou pelos feitores, caídos e mortos, sorriu com arrogância, haja vista que a morte deles a satisfazia porque eram estupradores que aceitavam as escravinhas sofridas como pagamento.
Silenciosamente, Manuela abriu a senzala e se deparou com vários escravos, alguns havia sido aliviados por ela, que a viram como um anjo salvador. Josefa, espancada, sorriu ao ver sua ama e sentiu o vento da alegria quando ela pronunciou com palavras de obstinação:
– Matem o meu marido!
Sobraram seis feitores espalhados pela fazenda contra mais de quarenta escravos, homens e mulheres com sede de vingança por tantos maus tratos. Os feitores foram caçados como animais e morreram nas mãos de todos aqueles que por eles foram açoitados. A vingança era terrível e Manuela via cada um morrer com sorriso sínico de satisfação.
O escravo Robério, já liberto, ao ver sua sinhá acompanhando os escravos na caçada, comentou em seus ouvidos de moça jovem e assassina:
-Eu disse a sinhá que a sinhá só ia ser livre se os escravos fosse livre.
Manuela riu abaixo da noite, lacrimejando de felicidade, pois de fato era uma mulher livre.
– Vosmecê tem razão, Robério, vosmecê me deu coragem e eu não vou desistir!
Não iria desistir mesmo porque Fernão chegaria a qualquer momento e os escravos tinham contas altíssimas para acertar com o seu senhor… Pouco tempo passou… A fazenda estava escura, sem uma luz para iluminar Fernão que chegava de sua farra, pronto para possuir Manuela novamente, porém, quando menos esperava, vários escravos o prenderam e o espancaram num verdadeiro linchamento, bateram nele até que ficasse inconsciente.
Fernão acordou no tronco, nu, acordou porque era açoitado pelos escravos que se revezavam na sua ira.
– Toma desgraçado!
Gritavam os escravos rindo de sua vingança, rindo porque ele era um assassino, um estuprador, um sujeito cruel que fez vários negros chorarem de medo e desespero. Josefa surgiu diante de sua figura e cuspiu na sua cara.
– Eu vi o sinhô menino, – disse a escrava – e se tornar um homem cruel que tirou o meu filho de meus braços, mas hoje o sinhô vai para o inferno, pagar pelos seus pecados.
Continuou sendo açoitado como um bicho enquanto gritava pedindo para que parassem, gritava implorando por perdão, gritava enquanto chorava de desespero… Manuela surgiu pelas sombras, com os sabelos soltos, de camisola branca, como um fantasma de tormentos, ora, como gostava de ver o marido machucado, espancado, sangrando, chorando, desprotegido, como adorava essa visão como a estátua da liberdade.
– Está tão abatido, meu marido, aconteceu alguma coisa?
O rosto sínico de Manuela foi o suficiente para que Fernão soubesse que não escaparia com vida, mas o pior foi quando ele viu um escravo como um barra de ferro e colocar a sua ponta no fogo por um bom tempo.
– Por favor, não!… Manuela, me ajude… Por favor, não!… Não! Não! Não! Não! Não! …
O escravo tirou a barra de ferro do fogo, mandou que os escravos erguessem os quadris do sinhô ao ponto dele quase ficar de quatro, mirou a barra de ferro com a ponta em brasa e enfiou no reto de Fernão o empalando de forma tão cruel que ele deu um grito de desespero que durou toda a noite, um grito que fez Manuela proferir um riso frio e amargo, uma risada de vingança.
Dois dias se passaram e os escravos estavam longe. O intendente acompanhado de seus policiais invadiu a fazenda, pois já imaginavam o que havia acontecido, haja vista que os escravos foram vistos no meio de uma floresta distante indo ao famoso Quilombo do Cacau. Os guardas revistaram tudo a procura de sobreviventes, mas só encontraram corpos mutilados e um senhor Fernão no tronco com as costas rasgadas e uma barra de ferro no cu. Horrorizados, aqueles homens continuaram a procurar, até que viram pela janelinha da senzala, uma mulher de camisola branca, absolutamente pálida e amedrontada como se estivesse traumatizada.
Os guardas arrombaram a senzala e ajudaram a moça que nada conseguia dizer, estava muda e chorosa. Os pais de Manuela foram até a fazenda preocupados com a herança, por isso foram amáveis como nunca antes com a moça de olhos de terror que não conseguia explicar o que tinha acontecido, pois era só alguém tocar no assunto que chorava de desespero sem conseguir dizer nada…
O tempo passou e Manuela se tornou uma mulher viúva e muito rica, pois Fernão havia deixado muitas terras e os escravos fugidos não faria tanta falta em suas finanças. Não pensou duas vezes em vender tudo e ir para a corte ser uma dama de alta sociedade, não pensou duas vezes em deixar os seus pais na miséria, pois eles a tinham vendido para aquele monstro, não pensou duas vezes em procurar o padre Coutinho e continuar sua história de amor…
Manuela não era mais a mesma, era uma assassina, uma mulher capaz de tudo.