A exibição da noiva

Quando as portas da igreja se abrem e começam as primeiras notas da marcha nupcial, Evellyn, uma bela e voluptuosa ruiva de vinte e um anos, sente um nó na garganta e quase começa a chorar, mas se contem assim que se lembra que pode borrar a maquiagem e não aparecer bem na filmagem e nas fotos, cujos operadores de vídeo e câmera estão alguns metros a sua frente. Olha para as fileiras do fundo e vê amigos, parentes e amigos do noivo, e a felicidade invade sua alma. Está finalmente se casando! Não falam que esse é um dos dias mais importantes e inesquecíveis para a mulher? Pois bem, Evellyn logo comprovará o ditado na prática…

Dá a mão para o seu pai e avançam, lenta e constantemente em direção ao altar tal qual ensaiaram. Atrás dela, a costureira e a ajudante cuidam para que a calda do vestido fique na posição correta. Porém, antes que todo o tecido possa estar dentro da igreja, uma ventania abrupta invade o local, e antes que as mulheres possam deixar de segurar seus chapéus e vestidos, as grandes portas se fecham com estrondo atrás de Evellyn. Nesse exato momento, também, além do pequeno susto com o barulho, a noiva vê, lá na primeira fileira à esquerda, uma presença indesejável – Ludmila, a última ex-namorada de Vitor, seu noivo. Como ela tem coragem de aparecer, depois e tudo que aprontou pra cima de mim?, ela pensa, e por isso resolve se apressar, como se a cerimônia estivesse em perigo.

Mal avança dois passos e sente um tranco. A calda ficara presa na porta, e as mulheres, lá atrás, não conseguem puxá-la nem abrir a porta. Evellyn, focada no rosto cinicamente sorridente da algoz, só ouve um barulho de algo se rasgando, mas não se dá conta de que acabara de perder a saia do vestido. Menos mal que está de cinta liga, que lhe cobre as pernas até metade das coxas, mas, ao ter optado por não usar calcinha, e o pano ter rasgado junto ao ventre, tem agora sua boceta com pelos raspados em formato de V (em homenagem a inicial do nome do noivo) à mostra. Claro que quem está perto pode vê-la claramente, e os sons do espanto só não são audíveis por conta da música. Para sua sorte, se é que se pode dizer que há alguma ali, o véu atenua o contorno de suas nádegas. O noivo vê o que está acontecendo mas não consegue entender a dimensão do problema. E o padre, então, tão velhinho e com dificuldade em enxergar mesmo de óculos, não percebe nada.

Segundos depois do ocorrido, é o pai quem lhe chama a atenção, e só então Evellyn se dá conta de sua seminudez dentro da igreja, imediatamente cobrindo a intimidade com o buquê de flores. Ela olha pra trás, e nota que as duas não conseguem retirar a calda de debaixo da porta. Quando volta-se para frente, dá de cara com Ludmila, que sorri de orelha a orelha. Por mais constrangida que se sinta, Evellyn não quer dar o braço a torcer e deixar, talvez, o caminho livre para aquela mocreia vá até Vitor consolá-lo enquanto ela sai da igreja para tentar recuperar o vestido. Como a música continua a tocar, puxa a mão do pai e avança novamente em direção ao altar, erguendo a cabeça e procurando não olhar para os lados. O pai, por sua vez, mesmo aflito com a condição da filha, se esforça para manter a dignidade, mas os olhares esquivos dos convidados para as partes desnudas dela o incomodam.

À medida que anda e o véu flutua no ar, as nádegas de Evellyn ficam à vista dos mais próximos. Os homens não podem deixar de admirar aqueles quadris largos, bem contornados, e as grandes nádegas branquinhas e empinadas se movendo suavemente a cada passo da moça. As mulheres, com a inveja lá em cima, chegam até a cochichar com seus parceiros que viram estrias e celulites nas polpinhas e abaixo das coxas. Evellyn até tem uma ou outra, mas que mulher não tem? Uma amiga chega a lhe dar um tapinha no bumbum, e sorri para ela, o que faz com que a moça sinta-se um pouco mais forte para continuar sua jornada.

O noivo arregala os olhos quando ela se aproxima do altar, e parece atônito, sem saber o que fazer. Mas a atenção de Evellyn volta-se, outra vez, para a rival, que tem agora o semblante sisudo, certamente desconcertada com a ousadia da outra. Ninguém poderia prever que tal problema fosse ocorrer com Evellyn, menos ainda a inesperada atitude de seguir adiante daquela maneira. Isso porque todos que a conhecem sempre lhe consideraram uma moça tímida e recatada. Continuar a cerimônia seminua, então, é uma surpresa pra cada um dos presentes. Que o diga sua mãe, sua irmã mais velha, seu irmão caçula e todos os padrinhos dos dois lados do altar, que agora tem a visão clara de sua condição. A moça, então, faz um sinal pra mãe que vai continuar, mesmo ela ameaçando ir em sua direção quando o pai lhe solta a mão, beija sua testa e lhe entrega ao noivo.

Chocado, Vitor não consegue dizer nada. Evellyn, então, segura-o pela mão e diz que nada, mas nada mesmo a impede de casar, e então se volta para o padre, que nem percebe nada. O rapaz faz o mesmo, e só consegue apontar para os seios da noiva, que, por conta do repuxo do vestido lá atrás, ficaram um pouco mais salientes no decote. O padre, então, dá início a cerimônia, e pede para que os noivos se ajoelhem no altar. Evellyn ajeita o véu, deixando-o menos franzido, o que expõe mais claramente suas nádegas, mas é claro que ela não se dá conta disso. Assim como não percebe que está com as pontas de seus saltos sobre o final do véu, o que pode lhe render um sério problema ao se levantar…

E é isso que todo mundo vê, e Ludmila se regozija internamente, quando, um tempo depois, o padre pede para que os noivos se levantem para as juras e troca de alianças. Evellyn se ergue com rapidez ao mesmo tempo que pisa com força no véu, e uma de suas últimas proteções se perde, deixando, de vez, suas belas nádegas à mostra. Ao sentir o pano raspando sua pele em direção ao chão, a moça vira a cabeça direto para a fileira da frente a esquerda, e vê a algoz triunfante. Filha da puta, ela não vai vencer essa, pensa, e ao olhar para a mãe, que quer vir lhe ajudar, Evellyn faz que não com a cabeça. Vira-se de frente para Vitor, ficando de lateral para os convidados, mantendo o buquê de flores à frente de sua boceta. Trocam então as alianças e palavras, e se voltam de frente para a porta quando novamente a música começa a tocar. Só então o padre percebe que há algo diferente naquela noiva, mas não consegue distinguir o quê.

Vitor está vermelho como um pimentão, suando frio. Não consegue tomar iniciativa a não ser quando a sua agora esposa aperta firme sua mão e puxa-o para a saída. Evellyn encara Ludmila, que sorri mais para chateá-la do que por estar feliz com o desempenho da outra. A jovem noiva, então, para em frente a algoz e lhe oferece o buquê, dizendo que ela o necessita muito mais neste momento. A rival não se dá por vencida e empurra o ramalhete de flores na direção dos seios de Evellyn, que sente o sangue ferver e não percebe que, ao empurrar de volta o buquê, os espinhos haviam ficado preso no tecido. Com a força bruta do movimento, a noiva perde, de vez, toda a sua roupa, deixando seus volumosos seios de mamilos levemente amarronzados, seguros por um incipiente sutiã meia taça, expostos para todos. Além dos câmeras filmando e fotografando, claro que inevitavelmente os convidados sacam seus celulares para registrar a cena inusitada. E quando Evellyn tenta puxar o vestido de volta, Ludmila, após segurá-lo com força, solta-o de repente, fazendo com que Evellyn vá com força pra trás, batendo em Vitor, que a segura.

Dessa vez, Evellyn sente a vergonha tomar-lhe o corpo – só suas pernas, agora, estão quase totalmente cobertas, e, ironicamente, a auréola permanece em sua cabeça. Então se vira para o marido, procurando que, com seu abraço, ela seja protegida da vista de todos. Mas Vitor sai de seu estado de choque, e, em vez de levá-la dali, afasta-a como fosse um animal perigoso, e corre em direção a porta da igreja, que agora já está aberta e sem a parte de baixo do vestido da noiva no chão. Ao ver-se rejeitada e com o falatório geral, audível após a interrupção da música, Evellyn, que está com o braço sobre o seio e a mão sobre a boceta, se sentindo mal por estar nua na frente daquela gente toda, em questão de segundos fixa novamente seus olhos sobre os de Ludmila. Pressentindo que será o alvo, a algoz sai correndo de seu lugar também em direção a porta. Sem pensar, Evellyn vai atrás.

Nesse momento em que quer pegar a outra, a jovem esposa não pensa mais em se proteger, e deixa tudo a mostra novamente. Mas é claro que, com o salto alto que usa, sua corrida é um tanto irregular. Ainda assim, o suficiente para fazer seus volumosos seios balançarem com força e fazerem o sutiã escorregar para o chão. Os movimentos são acompanhados atentamente pelos convidados e seus celulares câmeras, até que Evellyn perde o equilíbrio de vez e cai de quatro no chão, com as nádegas bem empinadas, pra alegria dos câmeras e dos convidados, que se acotovelam por entre os bancos para filmar a – literal e metafórica – queda da noiva. Logo o pai chega junto da moça e a cobre com o terno, e a mãe ajuda a levantá-la para tirá-la dali.

No dia seguinte, o noivo entrou com o pedido de divórcio e foi viver com Ludmila. Evellyn se mudou pro interior, e nunca mais foi vista – com exceção das cópias editadas da filmagem e do álbum de fotos, itens adquiridos por quase todos os convidados.

O outlet da vendedora” e “O espetáculo da bailarina“, assim como este conto, fazem parte da série erótica “Expostas& Humilhadas”, de AlanaKF.

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